Para ler e para reflectir, mais um artigo de Pedro Garcias. É tempo da malta que gosta de vinho, que o bebe e que perde tempo a falar sobre o assunto, de uma vez por todas, começar a entender que a porra dos concursos e das medalhas têm um valor, muitas vezes, nulo. Valem o que têm de valer.
De uma vez, por todas, e dirigido à malta que gosta de copos, é tempo de começar a pensar que não há os melhores vinhos do mundo. Não há, porque as grandes casas mundiais não metem ao barulho os seus vinhos. Com medo, dirão vocês em coro. Nada disso, apenas não se querem misturar com o grande grosso de vinhos, muitos deles sem ponta de interesse, sem história e que acabam por receber, ainda assim, uma condecoração merecida ou imerecida. Eu também não metia. Livra, era o que faltava. Bastava só contextualizar, para evitar mal entendidos. Mas fica a ideia que quem faz divulgação/jornalismo sabe menos que o Zé da Esquina (nós).
De uma vez, por todas, e dirigido à malta que gosta de copos, é tempo de começar a pensar que não há os melhores vinhos do mundo. Não há, porque as grandes casas mundiais não metem ao barulho os seus vinhos. Com medo, dirão vocês em coro. Nada disso, apenas não se querem misturar com o grande grosso de vinhos, muitos deles sem ponta de interesse, sem história e que acabam por receber, ainda assim, uma condecoração merecida ou imerecida. Eu também não metia. Livra, era o que faltava. Bastava só contextualizar, para evitar mal entendidos. Mas fica a ideia que quem faz divulgação/jornalismo sabe menos que o Zé da Esquina (nós).
Pedro Garcias fala que seria bem melhor que a critica profissional (adoro fazer esta distinção) fosse ao mercado comprar os vinhos que prova e classifica, ficando o encargo financeiro por conta do produtor (ou do distribuidor - porque não?). Seria perfeito, pois estaríamos, deste modo, mais próximos da realidade do consumidor. Sei que é quase impossível que tal cenário possa vir a acontecer. Mas porque não experimentar esporadicamente? Tipo, fazer regularmente umas provas(zinhas) com vinhos comprados nos locais A, B ou C (identificados de preferência e até serviria de promoção). Mas sem avisos prévios às lojas, por favor. Epá, era uma pedrada no charco. Era estar a dar sinais aos seus leitores que querem estar, de facto, mais próximos deles. Da realidade deles.
E aos bloggers que recebem amostras? Porque não, começarem a dizer que este e aquele vinho foi oferecido para a prova? Que provaram este ou aquele vinho no conforto da adega do produtor, à mesa com ele, que são amigos ou que dão-se muito bem com X ou Y ou Z? É que a mim sabe-me muito melhor o vinho quando estou com o produtor, com o enólogo à mesa com eles (se não pagar, melhor ainda). É que ninguém pode ser acusado de ter amigalhaços. Eu tenho os meus e não os escondo. Como também tenho aqueles que não gosto e não os escondo. Faz parte da vida.
Comentários
A própria prova pode ser influenciada pelas condições, pelo painel e momento da prova, ...etc. Um vinho será o melhor do mundo, quando degustado no melhor momento, na melhor temperatura, com os melhores copos, com as melhores companhias, com a melhor adequação gastronómica,... e com o melhor paladar que é o nosso.