Não, não vos trago nenhuma novidade. A maior parte de vocês já o deve ter bebido, mais que uma vez. O nome do produtor e casta são velhos conhecidos. Respeitados no meio. Por isso, desculpem lá, a monotonia que isto está a ser.
Costuma-se dizer que a última colheita é sempre a melhor. Não sei se é o caso, mas de qualquer modo posso afiançar-vos (gostei desta palavra) que este vinho está a preparar-se para ser um dos melhores encruzados feitos por este produtor e um dos melhores da região.
Caminha para um equilíbrio e finura assinalável, onde a fruta, a madeira e aquela frescura tão típica do Dão se envolvem de forma coerente. Digamos que está a ficar ainda mais afinado, sénior e mais adulto. Numa linguagem brejeira e sem qualquer cuidado, diria que está um vinho do caraças. É, efectivamente, um valor seguro. Colheita após colheita, não falha, não desalinha. Mais coisa menos coisa, não nos deixa insatisfeito ou desiludido. Um exemplo de consistência.
Costuma-se dizer que a última colheita é sempre a melhor. Não sei se é o caso, mas de qualquer modo posso afiançar-vos (gostei desta palavra) que este vinho está a preparar-se para ser um dos melhores encruzados feitos por este produtor e um dos melhores da região.
Caminha para um equilíbrio e finura assinalável, onde a fruta, a madeira e aquela frescura tão típica do Dão se envolvem de forma coerente. Digamos que está a ficar ainda mais afinado, sénior e mais adulto. Numa linguagem brejeira e sem qualquer cuidado, diria que está um vinho do caraças. É, efectivamente, um valor seguro. Colheita após colheita, não falha, não desalinha. Mais coisa menos coisa, não nos deixa insatisfeito ou desiludido. Um exemplo de consistência.
Comentários
que é feito por um amiguinho,
lá da terra d'onde sou,
onde o Encruzado fermentou.
Sabe a fresco e é bem fino,
fruta branca e citrino,
no vidro a hibernar,
vais ver o que vai dar.
Em dez anos vira mel,
se for bom não cheira fel,
o que queremos é disso,
vai com peixe e com chouriço.
Ou então vai mesmo só,
em tragos que metem dó,
que fazem pensar no tempo,
e na vida que verte de dentro.
Poeta anónimo, Lisboa, 25 de Setembro de 2017