Celestino Dominó: Que Porra!

Quase que vim correr para aqui, só para dizer que gostei desta porra. Gostei para caraças. Daqueles vinhos que se bebem aos copos, uns atrás dos atrás dos outros. Bebem-se sem pensar, sem custar nada. Em que a garrafa se esvazia num instante, num ápice. Num abrir e fechar de olhos, desaparece. Puf!


De cor alaranjada, feito só com Moscatel de Setúbal, segundo consta, cheira a tanta coisa ou a nada e sabe tanto ou nada. Inusitado e fora de modas. Acima de tudo, despreocupado, descontraído, divertido, puro e simples e sei lá mais o quê.


Atrevo-me a dizer que será provavelmente o melhor Moscatel, não generoso, que bebi nos últimos tempos. Que porra de vinho, só para ser bem educado e não criar incómodo aos mais sensíveis.

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