Anda um tipo completamente despreocupado, à procura de qualquer coisa para a vianda, quando olha, por acaso, para uma prateleira. Para uma daquelas prateleiras que estão lá em baixo, ao nível dos pés. Salta à vista uma única garrafa, enfiada num emaranhado de outras que não tinham qualquer interesse.
Estava já um gajo sentado à mesa a comer a dita vianda, quando os olhos brilharam com a porra do vinho, que tinha ali à frente. Caramba, estava em perfeitas condições, num estado de equilíbrio assinalável. Cheirava bem, sabia muito melhor. Com uma profundidade e equilíbrio que arrebatava. Fruta sadia e grande frescura. Tanto por tão pouco.
Bolas, já me tinha esquecido do potencial deste vinho branco (a colheita de 2016, salvo erro, não me parece tão bem conseguida), da sua capacidade para aguentar e enriquecer com o tempo. Sempre olhei com pena ou perplexidade para o facto de nunca ter sido criado um vinho branco que amandasse esta casa para outro nível. Ah, esteve melhor, depois, à hora do jantar. Onde conseguiu catapultar-se para outro patamar. Exagero? É provável ou não.
Comentários
Consigo o 2012 aqui. Corte interessante, com 3 castas que gosto bastante. Você acha que ele ainda está em forma?
Abraços,
Flavio
Abraço!
Comprei o 2012 e estou a bebe-lo agora, acompanhado de uma bela posta de bacalhau assada. Uma beleza de vinho! E com seus 6 anos, não dá o mínimo sinal de cansaço.
Abraços,
Flavio