Gosto de gajos que não fazem concessões, aprecio malta que se borrifa para grupos ou pandilhas, mesmo sabendo que vão ser, mais tarde ou mais cedo, colocados de lado, desviados ou marcados como leprosos. Quem o faz sabe, de antemão, que será ostracizado para sempre. Sair do conforto, da protecção do grupo, é um acto arrojado e nem todos têm a capacidade e estrutura mental para o fazer. Estar no grupo ou ter um grupo garante, apesar de tudo, comida, bebida, dormida e conforto. Quem não quer?
Admiro ainda mais os que não querendo saber do que se passa à volta, conseguem opinar sem se preocuparem com as consequências das suas palavras e ainda assim serem, vejam lá, tratados com veneração. Caramba, é uma arte que não está ao alcance de todos. E eu aprecio.
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