É o que eu digo. A loucura pelos novos rótulos, faz com que releguemos para lugares subalternos, nomes que eram, no passado, incontornáveis. Decididamente é uma autêntica parvoíce, um gajo andar sempre a correr em busca da derradeira novidade.
A última garrafa de um lote que fui construído ao longo dos anos. E naquele acto meramente instintivo, saquei do vasilhame e libertei o vinho da clausura, em que se encontrava. Os meus olhos brilharam. Profundamente fresco e seco, empachado daquele carácter do Dão, onde a caruma, o mato, a pedra e tudo aquilo, para quem conhece bem a região, tem.
Naquele jogo de palavras que gosto de ter, nem que seja só para mim, diria que através de um simples copo, senti e vagueei por entre uma porrada de sensações muito íntimas e pessoais. Um vinho de grande dimensão, maduro, com uma estrutura de aço, mas ao mesmo tempo brilhantemente elegante. Estava para durar anos. Um exemplo de consistência, a um preço baixo para tanta qualidade.
Comentários
Por sorte, consigo achar tanto o este vinho, quanto o Othon, ambos 2010. E o melhor: A um bom preço! Você acha que ambos ainda podem ser mantidos na garrafeira por alguns anos?
Abraços,
Flavio
Abraço, Flávio