Há momentos em que não queres comer nada em particular e não queres beber nada de especial. Queres, apenas, libertar-te do peso que tens em cima dos ombros. Queres sacudir toda a pressão que tens no lombo. Queres, apenas, tirar o pipo e aliviar. Queres esquecer muita porra que te mói a mona, dia após dia.
Vais para o petisco e entras no primeiro lugar que vês à tua frente. Escolhes qualquer coisa, sem pensar na razão da tua escolha. Começas, num ritmo sôfrego a enfiar no bucho tudo o que vês. De forma completamente aleatória as travessas vão sendo limpas até ao último resquício. Acompanhas com um vinho prosaico, mas honesto. Nem queres saber se o copo é adequado ou não. É perfeito para o momento. Nem mais e nem menos.
Vais para o petisco e entras no primeiro lugar que vês à tua frente. Escolhes qualquer coisa, sem pensar na razão da tua escolha. Começas, num ritmo sôfrego a enfiar no bucho tudo o que vês. De forma completamente aleatória as travessas vão sendo limpas até ao último resquício. Acompanhas com um vinho prosaico, mas honesto. Nem queres saber se o copo é adequado ou não. É perfeito para o momento. Nem mais e nem menos.
Ao saíres, reparas na montra que está lá fora. Uma montra que faz arregalar os olhos, pela imponência da decoração. O conteúdo era ostensivo, provocador. Quase pornográfico. Profundamente decadente. Prometes a ti mesmo que terás de regressar ali, desta vez com um objectivo mais definido. Com um propósito mais concreto. Só para tirar as teimas.
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PS- Tasca da Fatinha, Setúbal