Tratado do Arroz de Tomate

Se há prato ou comida, como queiram, que mais me seduz é o arroz de tomate. Com meia dúzia de coisas, se forem de boa qualidade, consegue-se criar algo que é digno de estrelas michelin. De antologia. Além do mais, o arroz de tomate é, para mim, daquelas confecções que faz pensar, assim num ápice, neste inusitado país que é Portugal. 



Gosto do arroz de tomate com bastante tomate, bem maduro, com muito alho, cebola, azeite. Das poucas coisas que gosto que sejam bem vermelhas. Tem que estar bem puxado, bem apurado e solto. Com louro ou salsa ou coentro. Também já usei poejo e hortelã. Gostei particularmente da combinação com o poejo. Às vezes, também atiro para cima umas tiras de pimento verde e vermelho. A maior parte das vezes, é simples sem qualquer extra. O que me interessa é que seja bem puxado, bem temperado e refogado. Arroz light ou dietético é que não.


E nada melhor para emparelhar com um arroz de tomate que uns filetes de peixe ou simplesmente umas sardinhas, uns carapaus, umas postas bem finas de xaputa. Fritos. Tudo simples, popular e com o objectivo de satisfazer a barriga. Ou melhor, a pança.

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