As conservas

Epá ando doido pelas conservas. Gasto cada vez mais dinheiro neste tipo de alimento, roçando, em muitas ocasiões, o exagero e o extravagante. Não há semana que não experimente uma marca nova.


A qualidade das conservas em Portugal está a atingir um nível muito elevado, preços inclusivé, acabando por tornar este tipo de comida, que antes era sinónimo de refeição fácil e barata, em algo cada vez mais exclusivo. Na verdade, alguns preços situam-se já no demencial. Basta andar pela capital do Império, chamada de Lisboa, para vermos no que se transformou o negócio da conserva.


Sempre fui um comedor de conservas, mesmo no tempo em que elas não passavam de algo trivial, com pouca variedade. Nesse tempo, tínhamos que saltar até Espanha para ter acesso a coisas mais para o diferente. Por aqui pouco mais havia do que atum e sardinha.


Actualmente a realidade é completamente diferente, com a existência de múltiplas marcas. A diversidade é grande, tanto ao nível das matérias primas utilizadas, como na forma como nos são apresentadas, sendo, por isso, possível construir uma refeição de fio a pavio, usando apenas latas ou frascos. Juntemos umas valentes saladas, mais umas ervas aromáticas, e pão para ensopar na molhaça e, acreditem, ficaremos com a pança bem composta. E eu, meus queridos amiguinhos, sou gajo para limpar, sem qualquer constrangimento, meia dúzia de latinhas. Só para acalmar a gula, que no meu caso é muita.

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