E um Anthony Bourdain português?

Ainda na ressaca provocada pelo desaparecimento inusitado, ou não, de Anthony Bourdain, esta mona desembocou em meia dúzia reflexões. Simples e sem grandes articulados argumentativos, como é apanágio. 
Temos, por aqui em Portugal, algum aspirante a Anthony Bourdain que seja capaz de criar e manter uma verdadeira legião de fãs? De fãs devotos, em dimensão razoável? Com capacidade para fazer escola, criar uma industria com o seu nome. Capaz de rasgar com os ditames mais conservadores da nossa crítica gastronómica e de vinhos. Será que este desejo secreto é coisa que nunca irá acontecer, neste país que se comporta continuadamente de forma insossa e pequena, em que só vinga o gajo sem piada, certinho, formal e sem qualquer laivo de opinião? 

A verdadeira foto.
A gritante falta de humor, de provocação torna-se, na maioria dos casos, cansativo, monótono e desmotivante. Faz lembrar os sermões da professora do Charlie Brown. Lembram-se deles? Caramba, meus senhores, façam lá um esforço para acrescentar algo mais desafiante, mais picante, mais temperado e mais divertido. Não é preciso muito.

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