Mitologia: O Crítico Perfeito

Não há críticos perfeitos, imparciais. Muito dificilmente existirão. Para que possam existir, os candidatos têm que estar longe de tudo e mais alguma coisa. Têm que viver numa ermida, num ermo, numa gruta e deixar crescer a barba.  Vestir farrapos. Têm que se abster de conviver com alguém, de receber prendas, de conhecer este e aquele. Têm de pagar tudo o que bebem e comem. Verdade seja dita, não sei como, pois estarão em clausura ou no desterro e despidos de qualquer rendimento. 


Digamos que o Critico Perfeito e Imparcial estará na dimensão das divindades, no mundo dos Deuses. A par de Odin, de Endovélico,  de Zeus, de Deus, de Shiva. É, portanto, uma figura mitológica. Por isso, tornar-me-ia adepto confesso daquele que assumisse que não é nada disto. Que é humano, que falha. Ao invés de me atirarem areia para os olhos e dizerem que são gajos imunes a todos desejos carnais. Eu não sou e sou um pobre diabo.

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