Ide à Adega dos Sabores

Como espaço profundamente pessoal, em que presto contas apenas a mim, não quero perder, desta vez, a oportunidade de elogiar, de publicitar esta tasca de Alcochete. Não sendo necessário, digo-vos que tenho uma relação próxima com o dono da coisa. Adoro falar bem de quem gosto e me trata bem. Ao fim ao cabo, como vocês.




Espaço pequeno, acolhedor, talhado para o petisco. O objectivo não é encher a pança, apesar de ser possível tal desiderato. É que o homem da casa tem mão para a coisa. Isto é para os tachos e panelas. Tudo bem apurado e temperado. Nada de desenxabisses. E se um gajo levar companhia certa, acaba-se por engolir, assim num ápice, uns quatro a cinco pratinhos bem aconchegados. Desde o pica-pau às burras estufadas de comer à colher, aos ovos mexidos com isto ou com aquilo, às moelas, aos cogumelos e mais outras coisas que não me lembro. 



Outra coisa. É também lugar onde há vinho. E a cada ano que vai passando, percebe-se que a aposta e o interesse (o tipo da cozinha, que se chama Pedro, gosta muito de pinga) vai sendo cada vez maior. Por isto tudo e mais algumas coisas que não me lembro, a Adega dos Sabores é (quase) a minha segunda casa em terra por onde habito.

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