Tenho andado afastado dos eventos de vinhos. Por diversas razões. Essencialmente, falta-me vontade, interesse, capacidade e resistência para andar de copo na mão, de banca em banca, para experimentar tudo e mais alguma coisa. Depois as trocas de palavras são, em muitos casos, pré-programadas. Admiro os mais resilientes, que mantêm a tradição de não falhar a todo e mais algum convénio de vinhos.
Vou vendo, pelas redes sociais, o que se vai bebendo ou provando. Geralmente é quase tudo bom, diferente, desalinhado e elegante. Mas o que me saltou à vista foi a forma como se tratavam ou tratam os mais diversos intervenientes, dos dois lados dos stands, das bancadas. Tanto consumidores desinteressados, naturalmente, como enólogos e produtores mostravam ter fortes ligações de amizade. Começo a pensar que, no fundo, estes encontros são, na verdade, encontros de amigos. Parece-me bem muito.
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