Como é sabido, todos temos tendências e inclinações. Muitas vezes, escolhemos isto ou aquilo por múltiplas razões. Não escolhemos isto ou aquilo, também por múltiplas razões. Bom, uma charada. Todo este ramerrame inicial serviu, apenas, para dizer-vos que nunca fui um consumidor assíduo dos vinhos do Portal do Fidalgo. Inclinava-me e inclino-me sempre para outras escolhas. Mas adiante.
É sabido que a casta tem arcaboiço para melhorar com o tempo, por isso é escusado referir, mais uma vez, as qualidades do alvarinho no que respeita ao envelhecimento. Avancemos, portanto, na prosa.
Com oito anos em cima, este alvarinho mostrou estar num estádio de grande equilíbrio. Com um conjunto de sensações muito cativantes. Digamos que dava asas à nossa imaginação. Dito de outra forma, permitia-nos conjecturar sobre uma porrada de cheiros e sabores. O que é sempre de assinalar. Acima de tudo, um vinho muito fino, elegante, fresco e viçoso. Mineral. E o melhor disto tudo, é que parecia, pelo menos este, estar bem longe da decadência.
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