Num restaurante escolhido ao acaso (podem dar uma vista de olhos aqui), entre tantos que povoam a zona mais antiga de San Sebastian, vivi uma das melhores noites, no que respeita ao serviço de vinho. Aliás, cada vez mais, aprecio o modo como os espanhóis vivem a vida. Gente, de todas as idades, sai ao final do dia, para petiscar e beber um copo. Fazem-no sem preconceitos, de forma despreocupada e alegre. Mas adiante.
Sentado numa mesa e após ter metido no prato uns quantos pintxos, peço um simples copo de vinho branco, para acompanhar. Primeira impressão muito positiva. Vinho fresco e seco, muito citrino. Comecei a envolver-me na dinâmica e pedi para provar outro vinho, que custasse o mesmo. O empregado, de uma amabilidade e simpatia enorme, escolheu livremente o vinho. Coube-me, apenas, a função de o beber. Outro tiro certeiro. Correcto, bem fresco, a combinar com a petiscada. E assim a coisa foi continuando, até ao quarto copo, sempre com um vinho diferente e servido sempre pelo dito empregado. Estava desenfreado, extasiado e, assumo, pouco preocupado com o que iria pagar, no final. Mas a temer o pior, não por causa dos pintxos, mas por causa do vinho. Mas que se lixasse. E como se diz, aqui na ocidental praia lusitana, dias não são dias. Poupar-se-ia no dia seguinte.
Sentado numa mesa e após ter metido no prato uns quantos pintxos, peço um simples copo de vinho branco, para acompanhar. Primeira impressão muito positiva. Vinho fresco e seco, muito citrino. Comecei a envolver-me na dinâmica e pedi para provar outro vinho, que custasse o mesmo. O empregado, de uma amabilidade e simpatia enorme, escolheu livremente o vinho. Coube-me, apenas, a função de o beber. Outro tiro certeiro. Correcto, bem fresco, a combinar com a petiscada. E assim a coisa foi continuando, até ao quarto copo, sempre com um vinho diferente e servido sempre pelo dito empregado. Estava desenfreado, extasiado e, assumo, pouco preocupado com o que iria pagar, no final. Mas a temer o pior, não por causa dos pintxos, mas por causa do vinho. Mas que se lixasse. E como se diz, aqui na ocidental praia lusitana, dias não são dias. Poupar-se-ia no dia seguinte.
Findo o repasto, é pedida a conta. E, para enorme espanto e perplexidade minha, reparo que os vinhos servidos, custaram entre os dois e os três euros. Sei, desconfio ou presumo que os vinhos não seriam a última pedrada no charco, mas cumpriram muito bem o desiderato. Um deles até me surpreendeu por ser um Chardonnay de Navarra. Seco, muito fresco, pouco frutado e com nervo. Mas o que importou foi a possibilidade de provar quatro vinhos diferentes, a preços muito decentes, mesmo para a carteira de um tuga. Sempre dados a provar, antes de ver a garrafa. Infelizmente só tirei a foto a dois deles.
Fica a dúvida, se em Portugal seria possível replicar o mesmo acontecimento. Isto é, a possibilidade de beber/provar vinhos diferentes e com razoável nível de interesse a copo, a preços muito honestos. Tenho a crença que não. E é pena.
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