Há lugares que são incontornáveis para os cromos do vinho. Digamos que são locais de romaria para todos aqueles que professam a religião de Baco, com mais ou menos convicção. Saint-Emilion é um deles. Em redor desta pequena localidade, para além da forte componente histórica, é património da Unesco, encontramos uma porrada de produtores. Desde os mundialmente famosos aos pequenos e completamente desconhecidos. Uma comunidade que vive à conta do negócio do vinho. Produção, comercialização, restauração e turismo. A vinha e o vinho estão omnipresentes.
Vi in situ, como se pode tirar proveito, sem estragar, sem massificar. Um simples viajante é tratado de forma cordata, sem soberba, sem fretes, com paciência e cuidado. Coisa que não acontece, muitas vezes, no nosso país. Não querendo generalizar, longe disso, fiquei com a ideia que não somos assim, como povo, tão simpáticos como se pensa.
Saint-Emilion, naturalmente, está pejada de garrafeiras, de locais onde o vinho é o chamariz principal. Somos, literalmente, empurrados para entrar e observar. Mesmo sem comprar, somos atendidos sem qualquer enfado, sem termos uma cara desconfiada em cima de nós. Em muitos deles é possível provar, fazer degustações livres, sem qualquer custo. Fez-me impressão. Creio que não é prática em Portugal, as garrafeiras terem permanentemente provas abertas, ao público em geral.
Entrei numa garrafeira, ao acaso, e timidamente fui observando o portefólio, sendo que grande parte das referências expostas eram completamente estranhas, para mim. Interpelado por um jovem funcionário, sobre o que procurava, retorqui que conhecer vinho francês era uma enorme dor de cabeça. Confidenciei que tinha comprado alguns vinhos franceses, nos dias anteriores, e que, infelizmente, revelaram-se banais. Pacientemente e sem qualquer expressão de soberba, por parte do dito funcionário, perguntou-me o que gostava. Qual era o estilo que preferia. Respondi-lhe com meia dúzia de frases feitas e apontaram-me para meia dúzia de referências, a preços mundanos. O melhor estava para vir. Desafiou-me para provar alguns vinhos. Vinhos que iriam, provavelmente, ao encontro do que (eu) procurava. E durante quinze/vinte minutos fui agraciado com um leque de referências, que não conhecia, muito interessantes. O que me impressionou, ainda mais, é que algumas delas foram abertas na altura. Embalado pelo momento, acabei por comprar qualquer coisa. Saí da loja, com o ego lá no alto, pensando que tinha vivido um momento exclusivo. Só para mim.
Vi in situ, como se pode tirar proveito, sem estragar, sem massificar. Um simples viajante é tratado de forma cordata, sem soberba, sem fretes, com paciência e cuidado. Coisa que não acontece, muitas vezes, no nosso país. Não querendo generalizar, longe disso, fiquei com a ideia que não somos assim, como povo, tão simpáticos como se pensa.
Saint-Emilion, naturalmente, está pejada de garrafeiras, de locais onde o vinho é o chamariz principal. Somos, literalmente, empurrados para entrar e observar. Mesmo sem comprar, somos atendidos sem qualquer enfado, sem termos uma cara desconfiada em cima de nós. Em muitos deles é possível provar, fazer degustações livres, sem qualquer custo. Fez-me impressão. Creio que não é prática em Portugal, as garrafeiras terem permanentemente provas abertas, ao público em geral.
Entrei numa garrafeira, ao acaso, e timidamente fui observando o portefólio, sendo que grande parte das referências expostas eram completamente estranhas, para mim. Interpelado por um jovem funcionário, sobre o que procurava, retorqui que conhecer vinho francês era uma enorme dor de cabeça. Confidenciei que tinha comprado alguns vinhos franceses, nos dias anteriores, e que, infelizmente, revelaram-se banais. Pacientemente e sem qualquer expressão de soberba, por parte do dito funcionário, perguntou-me o que gostava. Qual era o estilo que preferia. Respondi-lhe com meia dúzia de frases feitas e apontaram-me para meia dúzia de referências, a preços mundanos. O melhor estava para vir. Desafiou-me para provar alguns vinhos. Vinhos que iriam, provavelmente, ao encontro do que (eu) procurava. E durante quinze/vinte minutos fui agraciado com um leque de referências, que não conhecia, muito interessantes. O que me impressionou, ainda mais, é que algumas delas foram abertas na altura. Embalado pelo momento, acabei por comprar qualquer coisa. Saí da loja, com o ego lá no alto, pensando que tinha vivido um momento exclusivo. Só para mim.
Comentários
Um grande abraço. Rui