Nos círculos mais dedicados, mais fanáticos de enófilos (termo erudito para quem gosta de beber uns copos) os vinhos Zarate ocupam lugar de destaque. E percebe-se porquê.
Quando se bebe um copo de um qualquer Zarate, dificilmente olhar-se-á para um alvarinho tuga com os mesmos olhos. Corre-se, aliás, o risco de relegar para planos subalternos os vinhos feitos no lado de cá do rio Minho. Zarate é uma casa centenária das Rias Baixas (Meaño - Pontevedra) que produz vinho desde o século XVIII.
São alvarinhos profundamente minerais, com aparente salinidade, com aquela impressão a maçã (verde, vermelha, reineta) e uma austeridade ímpar. Firmes, desafiantes e sedutores. Com um conjunto de coisas bem diferentes, daquelas que estamos habituados a sentir com os nossos alvarinhos, que na generalidade surgem mais domados, mais bonitos, mais urbanos, mais perfumados. Mais sonsos.
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Abraço AJS