A categoria 20 anos deverá ser, julgo, acho, parece-me, a mais competitiva, que respeita a vinhos do Porto Tawny. Aquela que, eventualmente, cimenta a casa, dá-lhe estatuto e marca o estilo. Será, também, a categoria em que a relação entre a qualidade e o preço consegue ser mais razoável (com aspas). É aqui que se aposta muito, que se usam muitas fichas. Nos 10 anos, há pouca coisa que me motiva, a título pessoal. São, na generalidade, caros e com enormes falhas, no que respeita à complexidade. Quando subimos na pirâmide, na categoria dos Tawny, os vinhos atingem preços proibitivos, para gajos normais e tesos. Consomem-se visualmente ou bebem-se por via de pipeta, a conta gotas. Um pouco como os carros que vemos nas revistas. Sabemos as suas prestações, porque as fichas técnicas são disponibilizadas.
Este Porto 20 anos pertence ao portefólio de lançamento de um novo produtor de vinhos do Douro e Porto. É resultado do espólio encontrado pelos novos proprietários, aquando da aquisição da Quinta do Convento de São Pedro das Águias. De uma forma resumida, esta quinta é uma propriedade que se situa no Vale do Távora. Remonta ao século XII, quando os monges da Ordem de Cister se ali estabeleceram. Em 2018 foi englobada no universo Kranemann Wine Estates.
Este Porto 20 anos pertence ao portefólio de lançamento de um novo produtor de vinhos do Douro e Porto. É resultado do espólio encontrado pelos novos proprietários, aquando da aquisição da Quinta do Convento de São Pedro das Águias. De uma forma resumida, esta quinta é uma propriedade que se situa no Vale do Távora. Remonta ao século XII, quando os monges da Ordem de Cister se ali estabeleceram. Em 2018 foi englobada no universo Kranemann Wine Estates.
Sobre o vinho e não querendo entrar em grandes considerações descritivas, porque estaria a dar ares de sabedor de um assunto que, no fundo, não domino, atrevo-me a dizer que é uma entrada de Leão. Um vinho muito fresco, completo e equilibrado, com frutos secos, com a doçura bem manietada, dando a sensação que foram usados lotes de Porto com idade (bem) avançada na sua feitura. Os laivos esverdeados, bem como algum vinagre, apontavam para isso. Às cegas, éramos capazes de dizer Madeira. Agora é ver como a coisa vai evoluir, nas próximas edições. Para já, está irrepreensível.
Post Scriptum - Provei e bebi o vinho, juntamente com o enólogo responsável.
Comentários
Concordo com você em gênero, número e grau! Os Tawny 20 Anos são também os meus preferidos, pelos mesmos motivos. Esse que você mostra na foto tem uma bela cor, hein? Lembra até os mais envelhecidos. E pela descrição, parece muito bom.
Abraços,
Flavio
Um grande abraço.