Diz-se que comemos o porco (quase todo). Os Finlandeses, salvo erro, chegaram a fazer uma rábula sobre nós, os portugueses, por causa do porco. Os Finlandeses, coitados, não sabem o que é bom. A nossa necessidade tornou o porco num animal (quase) cem por cento aproveitável.
O bacalhau também é, a par do porco, aproveitado quase a cem por cento. Para além das tradicionais postas, temos as caras, as línguas, as bochechas, o samos ou sames e até o fígado. Sobra muito pouco. O aproveitamento que o nosso povo faz do porco e do bacalhau define a nossa dieta. Uma dieta de subsistência, de aproveitamento dos poucos recursos, naturais e financeiros, que é robusta a norte e mais ligeira a sul. Que é uma miscelânea de influências. Não, não é só mediterrânea. Não é de todo. É Atlântica, Continental e Mediterrânica.
O bacalhau também é, a par do porco, aproveitado quase a cem por cento. Para além das tradicionais postas, temos as caras, as línguas, as bochechas, o samos ou sames e até o fígado. Sobra muito pouco. O aproveitamento que o nosso povo faz do porco e do bacalhau define a nossa dieta. Uma dieta de subsistência, de aproveitamento dos poucos recursos, naturais e financeiros, que é robusta a norte e mais ligeira a sul. Que é uma miscelânea de influências. Não, não é só mediterrânea. Não é de todo. É Atlântica, Continental e Mediterrânica.
Por entre as peças de bacalhau que todos conhecemos, salta uma que aprecio de forma destacada. E não é o lombo. O lombo tende a ser mais seco, por vezes desenxabido e monótono. A gordura do cachaço, a sua suculência, a forma como lasca, a cremosidade transformam esta parte do bacalhau, quiçá, na mais rica, luxuriante, lascívia e decadente. Existe ali qualquer coisa de libidinoso.
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