O melhor de Espanha, dizem ...

O mote da coisa foi a eleição, em Espanha, num concurso, do melhor vinho. Alabaster. Um vinho, entre tantos, de Marcos Eguren. Enólogo responsável de vinhos como o Victorino. Vinhos coerentes na forma e no estilo, desde as primeiras colheitas. Vinhos ricos e estruturados.



Por breves horas, viveu-se no meio da dimensão Parkeriana. Goste-se ou não, o nome de Robert Parker continua incontornável no mundo dos vinhos. A legião de seguidores é grande, tanto ao nível dos consumidores, como dos produtores. O mercado, seja lá o que for, ainda dá importância aos RP points.
Como consumidor não dou relevância às classificações, venham elas de onde vierem. Sejam excelência cá dentro ou lá fora. Resumem-se, apenas, a curiosidades.



O set da noite abriu com um branco francês. Curvilíneo, cheio de volúpia. Ainda muito jovem. Os tintos, os do Marcos, mostraram-se, como expectável, opulentos e impressionantes. Abastados em pontuações altas.
Tendências ou escolhas pessoais à parte, são vinhos que não passam despercebidos aos sentidos. Irrepreensíveis, focados e profundamente coerentes. Sem cedências e incoerências. Ninguém fica enganado.



O objectivo, o dos vinhos, é esmagar-nos no meio de uma realidade cheia de decadência, volume e curvas abundantes. Profundamente luxuriante e repleta de ostentação. Quase bordeliano.

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