Andei longe. O silêncio acabou por abater-se para estes lados. Nada de mais, nada de grave. Houve a necessidade de tomar conta de outros imbróglios. Vicissitudes da vida. Tratados esses imbróglios, arquivados alguns assuntos, é tempo de voltar e continuar a traçar mais umas quantas linhas sobre o vinho. Estranho, para vocês, será verem-me regressar com um licoroso branco (existe um tinto) produzido pela Companhia das Lezírias, debaixo do braço. Um vinho elaborado com a casta vital, fermentado em ânforas argelinas (Curioso. O que são?) e envelhecido em cascos de carvalho (retirei estas informações do site da Companhia. O contra-rótulo nada refere).
A face possuía nuances alaranjadas carregadas, com uns quantos laivos acastanhados pelo meio.
O cheiro que soltou estava carregado de sugestões meladas. A canela, que deambulava pelo copo, salpicava a casca de laranja e uns quantos gomos de tangerina. Aqui e além, pareceu-me que deslumbrava uma avelã, uma noz, uma amêndoa. Bem arranjadinho, nada desprezível. Uma pequena aragem proporcionava uma saudável (e desejável) frescura. Em certos momentos, parecia-me muito com o outro. Com os olhos tapados era capaz de afirmar que era moscatel.
Os sabores eram adoçados pelo mel (demonstrou, portanto, coerência com os aromas), onde sensações a farripa de laranja misturavam-se com uma pequena mão de frutos secos. Ao acenar fez lembrar um conjunto de sensações interessantes. Não foi inócuo. Nota Pessoal: 14
O cheiro que soltou estava carregado de sugestões meladas. A canela, que deambulava pelo copo, salpicava a casca de laranja e uns quantos gomos de tangerina. Aqui e além, pareceu-me que deslumbrava uma avelã, uma noz, uma amêndoa. Bem arranjadinho, nada desprezível. Uma pequena aragem proporcionava uma saudável (e desejável) frescura. Em certos momentos, parecia-me muito com o outro. Com os olhos tapados era capaz de afirmar que era moscatel.
Os sabores eram adoçados pelo mel (demonstrou, portanto, coerência com os aromas), onde sensações a farripa de laranja misturavam-se com uma pequena mão de frutos secos. Ao acenar fez lembrar um conjunto de sensações interessantes. Não foi inócuo. Nota Pessoal: 14
Não temos aqui nada de extraordinário. Mas temos um vinho curioso, bem feito, onde se nota aprumo e limpeza (perdoem-me este abuso). Não envergonha. Só gostaria de saber como pode custar apenas 2,99€? Dá para pensar.
Vale a pena arriscar. Se gostarmos, ainda bem. Se não, o prejuízo é reduzido.
Post Scriptum: Disparando em outra direcção. Manifesto aqui a minha desconfiança relativamente ao novo aeroporto. Continuo sem saber se, de facto, precisamos de uma estrutura daquela envergadura. Olhando para o assunto, com os olhos de leigo, de povo, parece-me que estamos perante um pobre que vai investir mais um pouco da sua vida num luxo.
Depois terei que me preparar para a betanização desejada (pelos autarcas). Em redor, surgirão tapetes de cimento. Enfim.
Comentários
Agradeço o favor de me dar uma dica do local onde poderei comprar esse licoroso, sem ser na loja da Companhia.