Quinta dos Carvalhais: Encruzado

Certos acontecimentos despontam recordações que há muito estão adormecidas. Foi com a Quinta dos Carvalhais, e por causa do que António José Salvador dizia, que provei, vejam lá, no início deste século, o primeiro Encruzado do Dão. Foi por essa altura, início de século, que também bebi, esqueçam o verbo provar, o primeiro Touriga Nacional. Também da Quinta dos Carvalhais.



E não querendo ser maçador, nem trauliteiro ou botar prosa encartada e por que as palavras, ao fim de alguns anos, começam a falhar, tornando-se corriqueiras, devo dizer-vos, no entanto, que há vinhos que são incontornáveis. Este é um deles. Ponto.



A Quinta dos Carvalhais colocava na altura, e a par de outra meia dúzia de produtores, sobre os ombros das suas garrafas  a ideia e a vontade que o Dão queria e iria dar a volta, regressando do Purgatório

Comentários

sinnercitizen disse…
cada vez mais é o Dão a dar cartas cá em casa (vide jantar de ontem á noite, Qt. da Falorca 2007 e Qt. do Escudial branco) na eterna procura pela elegância e frescura. O encruzado desta casa é um dos meus favoritos e se ainda as guardava uns tempos, agora já não consigo! é bom demais para deixar muito tempo quieto!
Rui Oliveira disse…
Concordo que realmente o Dão é um grande refugio para um enófilo, pode nao ser tanto para o consumidor normal...o facto de ainda ser visto algo como uma produção de nicho agrada-me porque os vinhos mantêm uma identidade própria...
Pingas no Copo disse…
Estimados amigos, efectivamente o Dão começa a tornar-se num refúgio consistente, por diversas razões: preço, diversidade, novidade.