A posição número um está destinada aos melhores, aos que conseguem ultrapassar tudo e todos. Aos que são predestinados, aos eleitos, aos que sofrem para alcançar o lugar mais cimeiro. É verdade que muitos são merecedores pelo esforço e pela abnegação que demonstram ou demonstraram. Muito poucos o atingirão efectivamente. Nunca o fui.
Aqui, com este vinho, temos o perfeito exemplo de algo que merece ser catalogado como número um. Merece por tudo e mais alguma coisa. Merece por ser um vinho branco a roçar a perfeição, onde juventude, a força, a frescura e o nervo, a complexidade, a elegância convivem num estado de equilíbrio assinalável. Onde tudo parece fazer sentido. Pessoalmente fui incapaz de ficar indiferente, de o beber sem dizer porra que isto é muito bom.
É verdade que ele foi o reagente de muitas memórias. Memórias de uma altura em que passava vezes sem conta pela estrada junto à Quinta, em cima do macho do Júlio. A caminho de uns cabeços, onde tínhamos uns quantos pedaços de terra. Lá no fim do mundo.
Post Scriptum: O Vinho foi oferecido pelo Produtor.
Comentários
Abraços,
Flavio
Ps. Foge um pouco do tema, pois seu post trata de um branco duriense, mas você chegou a experimentar o Pera-Velha Grande Reserva 2011? Tenho ouvido muitos elogios a ele, que é encontrado por aqui.