Às vezes dá-me vontade de convidar os jovens de hoje, que se dedicam, e bem, ao estudo do vinho, para fazerem uma pausa reflexiva. Tenham calma e paciência. É que existe uma história anterior a este admirável mundo novo. Um passado que sustenta grande parte das tendências que marcam o presente e que são seguidas de forma ougada e sôfrega.
A Quinta dos Cozinheiros, actualmente revitalizada pela equipa do COZ's, marcou um período. Marcou um período romântico no mundo do vinho. Talvez o mais intenso. José Mendonça era um sonhador, tal como foi António Carvalho com o seu Casal Figueira, que continua vivo pela mão de Marta Soares.
Ambos, acolitados pela loucura do sonho, começaram a fazer vinho em lugares que são ou eram, digamos, inusitados. Improváveis. Com os seus vinhos, começámos a ter a fortuna de aceder a novas abordagens, a novas ideias, a novas formas de fazer vinho. Por isso, meus caros amigos, peço-vos que, de vez em quando, desviem o olhar para trás. Lá atrás, já havia gente que tinha o sonho de fazer diferente. De fazer genuíno e simples. À sua memória.
Comentários
Assino por baixo!
Abraço,
Francisco
Um grande abraço!
Nas Matas do Louriçal sempre houve vinha e vinho...